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#NãoSouSóEuQuePensoNisto

A partilha de ideias e reflexões de um jovem a quem o MUNDO lhe intriga.


João José Silva

11.01.25

A evolução tecnológica chegou a um ponto, que nos permite uma capacidade astronómica de conhecimento, acessível por um equipamento que nos cabe nas mãos. Se conseguíssemos viajar no tempo e apresentar esta informação aos nossos antepassados – e não puxo a bobina para muito longe, uns 100 anos já é suficiente – diriam que somos LOUCOS.

É verdade que com este PODER todo, certas responsabilidades devem ser praticadas para um uso correto e harmonioso, contudo, existem certas conquistas que me deixam em dúvida sobre essa “utilização sana” do PODER. Entre elas, uma que tenho presenciado com maior regularidade, é a geolocalização.

Quando comento sobre esta funcionalidade, sei perfeitamente da importância que têm para a nossa sociedade, principalmente para a salvaguarda de vidas – tanto em risco de morte, como de ataques de coração, quando nos perdemos, ou algum objeto importante desaparece.

Nas camadas mais jovens a moda está na utilização de pequenos rastreadores portáteis – os mais famosos são os Apple Air Tag e os Samsung SmartTag, mas existem outros de outras fabricantes. Estes pequenos equipamentos servem, como o próprio nome indica, para rastrear algo que não desejamos perder, como o carro, a mala de viagem, o chaveiro, o animal de estimação – a lista é grande. No entanto, o que tenho presenciado com certa regularidade e, diria até, com escárnio, é a localização dos namorados/as – destaco as mulheres como maiores utilizadoras desta técnica.

Chega a ser cómico e ao mesmo tempo desconcertante, ver a rapariga, ou o rapaz, a procurar o seu namorado/a pelo localizador do telemóvel numa saída à noite, ou então calcular os minutos que demora a fazer de carro o trajeto do trabalho até casa. Estas situações fazem-me questionar:

  • Será que este controlo não excede os parâmetros de uma relação saudável? – não me refiro unicamente à amorosa.
  • Estes métodos são sempre utilizados com a consciência do outro?
  • Até que ponto é que deixamos de respeitar a liberdade individual do outro?

Não contesto a boa função destes equipamentos e o lado “nobre” das suas funcionalidades. Sou a favor de uma utilização com responsabilidade e consciência cívica, algo que acredito que devemos apregoar mais na sociedade em que vivemos.

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